Depois de uma semana em que o assunto foi o comercial da Bradesco Seguros em que o Byafra canta Sonho de Ícaro assustando o ladrão, nem acreditei quando ele estava vindo em minha direção. Falo, não falo; falo, não falo. Pronto, falei:
- Adorei o seu comercial. Muito bom.
- Há controvérsias!
- Ah, imagina! Deixe que falem.
- Claro, ou não teria nem feito.
- Parabéns por ter feito!
Papo andando de dois segundos. E, claro, improvisado. Mal improvisado, aliás, porque eu queria mesmo ter dito que o que vale é o humor, o que vale é ele ter entrado na brincadeira de rir de si mesmo. Por que, vamos combinar, é uma missão quase impossível. Tem que ser muito seguro - e corajoso - para ter topado fazer o comercial.
O que mais acontece com as pessoas é exatamente o contrário: encher sua própria bola, exaltar as qualidades (mesmo quando não são muitas) e tornar tudo muito bom e bonito (fazer-se sucesso de público e crítica).
Essa é a regra. E achei muito bom e divertido alguém quebrar isso da maneira como Byafra fez.
Imagino que esse "há controvérsias" que ele se referiu são as pessoas o criticando, dizendo que ele não deveria ter feito, que é um absurdo se assumir como brega ou qualquer outra coisa ruim, que se vendeu e blablablá. Tudo bobagem.
Rir de si mesmo é a maior prova de liberdade. E ser livre não é tudo que a gente quer desta vida afinal?
http://youtu.be/Pr5DcJNEvks
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