sábado, 27 de junho de 2009

o rei está morto

foto: reprodução

Alguém poderia imaginar que aquele menino do Jackson Five tão pequenininho que cantava Ben seria o cantor que mais venderia discos no mundo? Revoluciaria a indústria da música e dos clipes? Se transformaria em um homem branco? Deformaria seu rosto a ponto de não ter mais nenhum traço original? Seria acusado de pedofilia? Casaria com a filha do Elvis Presley? Seria talentoso como cantor, compositor, dançarino, coréografo, produtor, homem de negócios? Seria imitado no mundo inteiro? Teria filhos brancos? Seria milionário? Perderia muito dinheiro? Compraria os direitos autorais dos Beatles? Viveria de máscara? Viveria isolado na Terra do Nunca cercado de brinquedos aos 50 anos? Seria amado, idolatrado, adorado por (quase) todos?
Uma vida tão espetacular que nenhum escritor ousaria inventar ou astrólogo prever.
E apesar de o seu vício em anagélsicos ser público e a saúde ali não ser o ponto forte, todos estão chocados. Eu fiquei chocada e triste. É inaceitável. E quase inacreditável.
E por mais que seja uma morte anunciada, morreu como viveu: surpreendendo. E saindo de cena de fininho...

Michael Jackson não era feito da mesma farinha que nós, mortais. Quase uma entidade. Um personagem excêntrico. Acima do bem e do mal (fazendo o bem muito bem e o mal, muito mal). Um artista incrível em seu mundo paralelo.
Ontem eu estava esquisita. Mas não sabia o porquê. Hoje eu sei. É porque o mundo ficou estranho sem o estranhamento de Michael Jackson...

2 comentários:

Rosa Maria disse...

Sem dúvida...um ícone!!! :(

Ana disse...

... estranhos e inconformados...