triste

Era segunda-feira de manhã e a semana já começou mal. Por alguma falha entre a comunicação de rede do Mac e do PC, algumas fotos minhas desapareceram. Ou teria sido uma falta de comunicação entre o dono do Mac e a dona do PC? Quem apagou?
Qualquer coisa que fosse, eu estava muito triste. Minhas fotos. Não era possível ser verdade. Tenho muitas e muitas e muitas fotos e nem sempre elas foram tão bem organizadas como são hoje e elas terem sumidos me deixou bem triste.
Eu estava arrasada, ainda tentando achá-las por um milagre, quando veio a notícia que um avião havia desaparecido com 220 pessoas, saído do Rio e indo para Paris. Gelei. Eu estava mal e notícias de tragédias aéreas são sempre muito terríveis. São muitas pessoas, muitos sonhos, tudo muito rápido. Em um momento estão indo para uma cidade linda e de repente, tudo acaba em minutos de pavor.
Claro que todo aquele sofrimento pelas fotos se tornou uma grande bobagem, apesar de ter ficado realmente chateada com a história, mas não o suficiente para sofrer como eu estava sofrendo. Não por isso.
Sofrendo estão essas mulheres, pais, filhos, maridos, amigos que esperavam pessoas que nunca vão chegar. E talvez nem os seus corpos. Isso sim é triste demais.
É muito duro morrer assim. Sem nenhuma doença, sem aviso, entre partida e chegada.
A maioria das viagens é planejada, sonhada. Envolve projetos, negócios, famílias, saudades. Às vezes anos de economia e dedicação. Os motivos de viagens são sempre importantes, seja ele qual for.
Algumas pessoas iam para a lua de mel, alguns para estudar, alguns de férias, alguns para passar o aniversário com a família, alguns para fechar um bom negócio, alguns para voltar para as suas vidas. São muitas histórias de vida tão bacanas...

Muito, muito triste.