sábado, 31 de outubro de 2009

sonho de liberdade

Um amigo que mora em Nova York vai alugar sua casa para temporadas. Enquanto as pessoas curtem NY, ele e a família, com a grana extra, aproveitam para viajar também. É uma ideia tão bacana, tão prática (e ainda pode ser romântica - em O amor não tira férias Jude Law e Cameron Diaz se divertiram muito!).
Essa ideia deveria ser tão comum quanto ir para um hotel, só que para nós, brasileiros, não é. Vivemos em um país tão desconfiado que é difícil acreditar que alguém é capaz de cuidar bem da nossa casa, que é o lugar mais sagrado do mundo, ou que, no mínimo, as coisas vão estar do jeito que deixamos.
Nunca penso no pior, sou otimista e positiva, mas vivendo no Rio tive que aprender a me defender do perigo por toda a parte, andar com as janelas do carro fechadas, ficar ligada o tempo todo a pessoas e movimentos estranhos, não ajudar uma pessoa que pede socorro na estrada, não andar sozinha à noite, trancar a casa a sete chaves.
E viver com medo 24 horas por dia muda as pessoas, o que é muito triste.
Segurança é o sonho do brasileiro porque é o sonho de ser livre outra vez e voltar a confiar nas pessoas. Andar à noite no calçadão, na Lagoa, ir à praia tranquilo sem medo de arrastão, jantar sem medo de ser assaltado em pleno restaurante, viajar pela estrada sem medo de furarem seu pneu com pregos, tirar dinheiro no caixa-eletrônico sem medo de sequestro-relâmpago, dormir sem medo de bala perdida dentro da própria casa.
Coisas tão simples que não sabemos mais como são...

yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay...

ilustração: reprodução

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

henri cartier-bresson

Exposição de Henri Cartier-Bresson do Sesc de São Paulo até 20 de dezembro
foto: Henri Cartier-Bresson

"Tirar fotos é prender a respiração quando todas as faculdades convergem para a realidade fugaz. É organizar rigorosamente as formas visuais percebidas para expressar o seu significado. É pôr numa mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração."
Henri Cartier-Bresson

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

foto do dia/ tomatinhos

foto: josette babo

terça-feira, 27 de outubro de 2009

domingo, 25 de outubro de 2009

foto do dia/ araras

foto: josette babo

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

aonde a gente vai, papai?


Aonde a gente vai, papai? é um desses livros que eu leio, fico emocionada, arrasada, perguntando porque estou lendo, mas não paro de ler de tão bom.

Jean-Louis Fournier é um premiado escritor francês (humorista e produtor de TV também) que resolveu - depois de muito tempo sem nem tocar no assunto - escrever um livro em homenagem aos seus dois filhos deficientes (um já havia morrido).

A história é triste e ele não poupa adjetivos ruins a ela escrevendo com uma verdade enorme como é difícil ter um filho deficiente e quase insuportável ter dois.

Ele vai fundo, tão fundo quanto uma dor pode ir, quando não aceita, quando se culpa, quando não se conforma, não atura as dificuldades dos filhos, quando se envergonha e acha tudo um tormento. Mas também mostra o quanto ama - e proteje - os seus meninos.

O livro é tocante, às vezes cruel. E muito corajoso. Acho que só um homem que sofreu e viu seus meninos sofrerem tanto é capaz de ter essa coragem de assumir que viver assim não é nada fácil, não é nada bonito.

É um livro que incomoda. O assunto é pesado, mas de leitura fácil. É muito bem escrito. Ele escreve bem demais. Não é à toa que o livro tenha tantos prêmios. Merecido.

teatro

Espetáculo de projeção usando a fachada de um teatro na Espanha como tela para um trabalho incrível. Impressionante e muito bom! Bom para ver em tela grande.
http://vimeo.com/7001138

domingo, 18 de outubro de 2009

outubro...

foto: josette babo

...é bom para

- fazer limpeza de pele

- ler ao ar livre

- olhar as roupas de verão no armário (separar, doar, lavar, experimentar - ver se ainda servem!)

- ver a nova temporada de House

- ir para serra para curtir o último friozinho do ano

- ouvir o CD de True Blood (já que a segunda temporada acabou)

- pensar onde vai passar o Natal e o Reveillon

- rezar (e agradecer a) para Santa Teresinha

- fazer os últimos exames do ano

- curtir o horário de verão na praia

- tomar o chope de tangerina do Bar do Lado

- ver Marina de La Riva cantar

- devorar o pão de azeitona do Talho Capixaba

- continuar (!) firme (!) na dieta (!)

- fazer uma coisa especial (ou diferente)

- provar o mini Bis de baldinho

- comer as frutas da época: banana, goiaba, laranja, manga, mamão, melancia, melão, uva

- curtir o Halloween (Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay...)

- namorar, namorar, namorar

la riva

sábado, 17 de outubro de 2009

o que é a beleza afinal?

foto: reprodução


O que é a beleza afinal? Talvez a beleza pese até certo ponto, mas, depois de uma certa idade, isso é o menos importa para uma pessoa ser realmente bonita.
A beleza é mesmo muito linda na juventude, mas em uma mulher madura o que a torna bela é a postura, a atitude, a educação, a delicadeza, a gentileza, o trato, a sabedoria, o estilo, o cuidado com ela mesma e com as outras pessoas, e muitas outras coisas que vão muito além de traços perfeitos.
Falo isso porque ontem, almoçando com amigas de trabalho, uma delas falou que sabia que era feia. Talvez ela não tenha a beleza de uma modelo, mas se destaca na multidão por seu jeito firme, suas roupas bonitas, a maneira bacana de se colocar, seu humor inteligente.
E eu até disse, neste almoço, uma coisa que sempre digo, porque é o que eu acho que é ter estilo e ser bonito: a pessoa combinar com ela mesma. É quando tudo flui, as palavras, o movimento, a postura, a escolha das roupas. E forma, para mim, a verdadeira beleza de uma pessoa, seja homem ou mulher.
Mas quanto mais vamos envelhecendo, mais esse diferencial mais aparecendo. As pessoas estilosas e elegantes (as que combinam com elas mesmas) vão ficando mais e mais belas, porque a beleza física, aquela da juventude, passa a não existir com tanta prioridade, dando lugar ao comportamento e a forma de viver. E isso é tão bonito.
Conheço mulheres lindas, que não tinham muita beleza na juventude e hoje são lindas. Fernanda Montenegro é um exemplo. Linda e chiquérrima. E outras, que eram de uma beleza rara, hoje são apagadinhas, plastificadas ou com corpos que nem reconhecemos.
O tempo passa, a beleza vai, a personalidade vem, e a beleza fica de outra forma. Uma forma verdadeiramente bela.

~~~~ A revista TPM deste mês tem uma matéria muito legal sobre o tema: Você é feia?

bad things

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

el huerto

A referência era boa e dizia que o El Huerto (http://www.elhuerto.cl, em Santiago, era o melhor restaurante vegetariano do mundo. Vegetariana que sou, não podia perder isso por nada desse mundo.
Algumas críticas na porta ajudaram a encher a bola do lugar, que estava com a fachada - bem bonitinha - em obras.
A do New York Times dizia que o El Huerto é "um dos melhores do mundo". Vamos a ele! E provar de suas delícias.
Era hora do almoço e estava bem cheio, mas conseguimos mesa rápido. De entrada pedimos um prato que eu adoro: sopa de cenoura com gengibre - enquanto olhávamos o cardápio.
A minha vontade era de pedir tudo, mas partimos para outra entrada: queijo parmesão de ovelha, servido maçãs verdes cruas e nozes. Muito bom. Essa entrada também é servida como sobremesa. Estava tão gostoso que por pouco não repeti.
Depois de muito escolher entre muitas opções que pareciam deliciosas, optamos por dividir o prato indiano:
Cinco Devis de la India: Cinco pequeñas preparaciones que se complementan entre sí. Curry rojo de berenjenas, tomate y verduras asadas. Jeera: arroz con semillas de mostaza. Massor Dal: puré de lentejas con garam masala. Raita: refrescante ensalada hindú a base de yogurt, pimiento y tomate. Chutney de frutas: condimento agridulce a base de frutas y jengibre
Nada arrependida da minha escolha (às vezes erro feio!), comi rezando. Tudo gostoso, muito criativo e bem temperado.
Para beber pedi um suco de framboesa e Marcelo, de cramberrie. Finalmente consegui beber um suco natural (embora as opções fossem poucas mesmo no El Huerto) no Chile. Tentei em vários lugares, mas eles têm o hábito de tomar sucos de caixinha, geralmente de pêssego.
O restaurante tem boas opções de saladas, e reparei que, pelo menos na hora do almoço, é o prato mais pedido por homens e mulheres. As saladas são bonitas e bem servidas, me pareceu.
A carta de sobremesas também era boa. Como era o nosso último dia no Chile e ainda não tínhamos experimentado nada feito com lúcuma (fruta típica usada só para o preparo de pratos e não pura, como o cacau), pedimos o parfait de lúcuma e doce de leite. O aspecto era meio sem graça (para ser boazinha!), mas o sabor era bom. Para fechar o almoço, chá branco orgânico.
Junto ao restaurante há uma lojinha que vende chás, sabonetes e muitas coisas interessantes.
A ida ao El Huerto foi muito agradável, não só pela comida, que estava ótima, mas também pelo astral de todo o lugar. Adorei e recomendo.







fotos: josette babo & marcelo glenadel

pushing daisies



foto: josette babo

no cabideiro

foto: josette babo

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

chocolateiro

foto: reprodução
Patrick Roger (www.patrickroger.com), um chocolateiro francês, é considerado o Rodin dos chocolates por fazer esculturas incríveis com essa delícia dos deuses, além outras cositas más.
Vi no site Conexão Paris (www.conexaoparis.com.br), que é ótimo.

sábado, 10 de outubro de 2009

brasil rural contemporâneo








fotos: josette babo & marcelo glenadel
A chuva forte e insistente não atrapalha o programão que é ir na feira Brasil Rural Contemporâneo (http://portal.mda.gov.br/feira2009). É tanta gente incrível, criativa, bonita, fazendo tanta coisa bacana para ver, conhecer, experimentar, comer, comprar.
Adoro ver como esse Brasilzão é rico, diferente, cheio de vida, adoro provar frutas e produtos diferentes dos nossos e ver a criatividade do artesanato e da moda, mas o que eu gosto mesmo é das pessoas. Ah, que delícia essas pessoas mostrando seu valor com seu trabalho tão bonito! E converso, pergunto, quero saber tudo, elogio, aprendo e fico feliz de papear. E o sotaque? Adoro. Aquela mistura deliciosa de todos os brasileiros em um lugar só!
Além de produtos diferentes, a qualidade e os preços são ótimos. Não tem um que não esteja carregado de várias e várias daquelas sacolinhas de papel.
Vale muito a pena visitar (mas lembrando que esse ano não tem estacionamento na Marina. Fui de táxi, mas tem micro-ônibus e vans saindo da Lagoa, estacionamento da Cinelândia e estacionamento do Santos Dumont):

Brasil Rural Contemporâneo – VI Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária
Quando – De 7 a 12 de outubro de 2009
Local – Marina da Glória – RJ
Ingressos - Na bilheteria da Marina da Glória. A venda dos ingressos começa neste domingo (4), a partir das 10:00 hs.

Horários da Feira
De quarta-feira (7) à sexta-feira (9) – Das 13h ás 22h
De sábado (10) à segunda-feira (12) – Das 10h ás 22h

Caixas Eletrônicos: o Banco do Brasil e a Caixa vão disponibilizar quatro caixas eletrônicos para os visitantes.
Posto Médico: ponto de atendimento médico e com ambulância.
Alimentação: Serão cinco espaços onde é possível saborear a alimentação saudável e a culinária típica.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

fora de casa

foto: reprodução

Tantos programas tentam ser modernos e inovar e um programa simples sobre mulheres e suas mudanças de vida tem arrasado quanto a ser moderno, inovador, bem dirigido, bem editado. Bonito, bacana e gostoso de se ver. E às vezes muito emocionante também.
"13 brasileiras que vivem fora do Brasil falam sobre as suas vidas em países estrangeiros". É do que trata o programa, mas é muito mais que isso. A começar pela escolha das mulheres. Elas são bacanérrimas, descoladas, falam bem. E a atração passa a ser sobre amor, adaptação, acaso, dicas de viagem (do ponto de vista de quem mora e sabe bem o nosso gosto brasileiro) e muitas coisas legais mais.
Estou adorando e a cada semana gosto mais!
Hoje tem.

GNT
Quarta às 21 horas
Horário alternativo: sábado às 06:30; domingo às 13:30

terça-feira, 6 de outubro de 2009

chile, primeiras impressões

foto: josette babo

O Chile é um país ótimo para se viajar e pode agradar qualquer tipo de viajante. Tem neve, praia, vulcão, montanha, deserto, além de ter uma capital moderna.
Santiago é uma cidade bem bacana, agradável de passear, com suas calçadas largas e seus parques lindos. A cidade é limpa, bem sinalizada e cheia de restaurantes charmosos. Em domingos e feriados vira uma cidade-fantasma, sem ninguém nas ruas. Até alguns bares e restarantes fecham.
Os chilenos são hospitaleiros, simpáticos e adoram conversar. Contam que atualmente vivem muito bem, que a economia está estável e podem fazer planos para o futuro (uma família vive bem com 1.800 dólares, me falou um rapaz). Se sentem seguros em viver na cidade. Um jovem santiaguino me conta que um assalto em uma farmácia foi assunto por uma semana, já que não é muito comum acontecer esse tipo de assalto por lá.
Muitas lojas de rua, muitos shoppings. Adorei a moda de rua. Estava frio, e as mulheres passavam com botas e casacos lindos, mas as vitrines não mostravam nada disso, e, fora as lojas mais conhecidas, não vi nada interessante nas lojas locais, nem roupas, nem sapatos.
O artesato é colorido e muito bem feito e se a pessoa gostar do estilo fará uma boa compra, pois o preço é bom.
Aliás, o preço de tudo é bom. E se acostuma rapidamente a fazer a conversão dos pesos chilenos. É tudo em mil. E 1000 pesos valem R$ 3,50. E nada é caro. Nada mesmo. Taxi, lembrancinhas, decoração, comida, bebida. Dá para curtir bastante coisa legal gastando pouco.
Algumas livrarias com bons títulos, mas as bancas de jornal são mínimas e pouquíssimas revistas são editadas no Chile.
O pisco sour, bebida com pisco, calda de açúcar, limão e clara de ovo, é a bebida preferida dos chilenos, mas o vinho e a cerveja têm lugar de destaque, com muitas opções.
Além das empanadas, os peixes e os frutos do mar são a preferência nacional, mas a coisa mais comida no Chile é a palta. Palta é o nosso avocado, aquele abacate pequenininho. Tudo leva palta, tudo mesmo: hamburguer, cachorro-quente, salada, pizza... Mas sempre com sal, nunca com açúcar. Vitamina de abacate? Isso não existe por lá, assim como os sucos naturais. E dá-lhe suco de caixinha!
Foi uma viagem maravilhosa, cheia de aventura e alegrias. Deixo aqui as minhas impressões gerais, mas aos poucos vou postar sobre as viagens curtas que fiz, as lojas que gostei e os restaurantes que fui.
Besos, besos.

as dindas animadas e as afilhadas felizes

foto: ana carreiro

Eu adorava a minha madrinha. Ela sempre foi o máximo: bonita, elegante, amiga, divertida, generosa, inteligente, carinhosa, companheira (e muito geniosa também!). Quando ela morreu, um pedaço de mim se foi e eu sinto saudades todos os dias.
No meu aniversário, ela era a primeira a ligar, de manhã bem cedo, para não "correr o risco de não me encontrar", dizia ela. Agora, no dia do meu aniversário, quando o telefone toca, me dá um aperto no coração danado. Sei que não é ela, a minha querida dindinha, que por tanto tempo eu amei e que me amou tanto. Mas ao mesmo tempo, fico muito feliz por ter tido uma madrinha tão presente e tão bacana por perto e por tanto tempo.

Ontem a minha afilhada, linda e que eu adoro, me mandou um e-mail que me fez lembrar da minha madrinha e das nossas farras de menina juntas, e eu me vi, anos atrás, bem ali.

"Oi dindinha, tudo bem?
Adorei os presentes. A meia é linda! A touca sempre quis. Quando ganhei... oh! ADOREI!
O alfajor é tão gostoso!!! Comi logo!
Muito obrigada por tudo!
Sua afilhadinha que te adora!
Beijinhos e tchau, tchau.
Lu Brottinho"

Vida que segue (com saudades, mas feliz!).

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

bem-vindo, mateus

foto: marco rocha

sábado, 3 de outubro de 2009

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

que sejam bem-vindas as boas notícias

Almocei em um restaurante com TV bem grande (claro), para não perder o anúncio que o Rio venceu para sediar as olimpíadas em 2016. As pessoas vibraram. Todo mundo gritou, comemorou. Quanta felicidade para um monte de gente ao mesmo tempo.
Bem gosto dessa energia boa que liga todo mundo.
Claro que um (ou outro) começou a reclamar (baixinho, lógico, porque ninguém ousaria tanto numa hora daquelas!) do governo, da educação, da roubalheira.
Mas é bom que coisas boas aconteçam. O esporte é uma coisa maravilhosa. E fazer uma olimpíada é o máximo e pode ser também o início de uma mudança mais que necessária e já bem tardia.
Há tempos que não acredito em mudanças, que fico arrasada com a falta de segurança no Rio, com o crescente número de bandidagem. Mas essa notícia boa pode ser uma esperança, uma luz no fim do túnel para outras coisas boas vindas das pessoas que governam, das que moram, das que são resistentes a acreditar que é possível ainda ser feliz por aqui.
Com essa evidência talvez o Rio queira se cuidar, se arrumar, se regenenar. Tomar vergonha na cara e voltar ser a cidade maravilhosa que é.

pelas ruas de santiago



































fotos: josette babo & marcelo glenadel