quarta-feira, 7 de março de 2012
livre
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
o sinal
A sensação é de total felicidade. Só alegrias na cabeça. E quantas coisas boas se encontra em uma vida.
Mas nunca é assim no dia a dia. Por quê? Por que as coisas ruins ficam buzinando alto no ouvido o tempo todo sufocando todas as boas. Chatice, viu? Sou contra.
Outra coisa que pensei: dizem que sempre se quer mais e mais. E é verdade. A base é sempre o que temos. Conquistamos uma coisa. Que beleza. Pronto? Não. Próxima parada: mais e mais e mais. Vivendo sempre numa eterna insatisfação e querendo sempre o que não se tem, e pior, sofrendo muito por isso. Outra chatice. Sou contra de novo.
Conquistas são bacanas e necessárias. Querer sempre o que não tem é pedir pra sofrer.
A maioria dos nossos problemas está nos nãos da vida. Nas faltas.
O sinal abriu.
Como o nosso cerébro é rápido (ou como os sinais são demorados!)...
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
feijoada de carnaval
Ah, o carnaval. Uma festa de todos, uma festa para todos. Para os que desfilam, os que sambam, os que vestem a fantasia, os que se acabam, os que descansam, os que reclamam. Uma festa que não passa em branco. É intensa e é extensa. Não acaba nunca.
Já caí no samba, já desfilei, em escola e em bloco. Hoje prefiro olhar de longe. Mas acho uma festa bacana, de energia boa. Mas não sei o dia de amanhã, pois o carnaval é sedutor e a qualquer hora pode nos arrastar para avenida.
Mas uma tradição de carnaval não fico sem: a feijoada. Não como carne, mas adoro uma feijoada e um churrasco. São comidas animadas, as comidas da alegria. As comidas para comemorar, para agregar, para confratenizar. Tiro as carnes e mando ver. Porque não dispenso uma alegria nunca.
domingo, 22 de janeiro de 2012
mãe-coragem

Quando conheci a Lalá, eu fiquei encantada. Não tem como não admirá-la. Sua história é triste, mas o seu astral é pra cima, cheio de fé e otimistimo, suas palavras são cheias de sabedoria e seu comportamento é cheio de coragem. Realmente um exemplo de como não deixar a peteca em situações-limite. Sou fã!
Acredito na medicina, mas acredito que todo esse amor e toda essa força de mãe ajudaram o Pedro a vencer tudo.
(Clique na foto para aumentar.)
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
que fim levou a turma?
Uma foto tirada de alunos adolescentes, em 1979, foi o ponto de partida para uma matéria da revista Época desta semana. A revista foi atrás das pessoas da foto para saber onde elas estavam, o que fazem, como vivem hoje, e saber também como o comportamento do adolescente influencia na sua vida adulta. Adorei a reportagem, e apesar de ter lido por alto porque a revista não era minha, pude ler o suficiente para saber que a gordinha vítima de bullying ficou linda, que o garoto que queria ser engenheiro virou restaurateur, que a mais linda não sabe, em 2012, ainda bem o que quer fazer.
Quando estamos no colégio os papéis são muito simples e determinados: a bonita, a gorda, o nerd, o que usa óculos, a tímida, o rico, o duro, o engraçado, a patricinha, o chato. Não vai muito além disso. Aí crescemos, e a vida fica bem mais complexa. E os papéis se complicam.
Sempre que olho uma foto antiga, logo penso aonde estarão aquelas pessoas, o que aconteceu com elas depois dali, que rumo a vida tomou. Com filmes antigos, então, não posso ver uma criancinha em cena que logo imagino que tipo de vida teve. A vida é movimento e leva para lugares inesperados.
Raramente acontece o que se espera. Raramente...
sábado, 14 de janeiro de 2012
fim de férias.
domingo, 8 de janeiro de 2012
em um pé só
Quando eu era pequena, morava em Petrópolis e detestava acordar cedo. Mas pra viajar, principalmente quando era pra praia, eu pulava da cama em um pé só, como dizia minha mãe.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
férias

domingo, 1 de janeiro de 2012
dias bons
O Xexéo sempre diz que tem 6 leitores ou algo assim em sua coluna no Globo. Claro que não é verdade. Não sei quantos leitores tinha o meu blog (a essa altura tinha, pois não tem coisa mais chata do que visitar um blog sem atualização!), mas sei que falava com algumas pessoas por aqui e sinto falta delas. Sim, sinto falta de vocês que nunca mais me mandaram e-mails desde que fui ali e não voltei. Não é só vocês que sentem falta do No estaleiro. A recíproca é verdadeira.
Às vezes alguém me cobra (sem querer cobrar, mas já cobrando), pede para eu voltar a escrever com frequência e tal. Sempre digo que quero, mas nunca rola. Ficava pensando que seria bom escrever direto, para tomar força de novo, como era no início, mas não sento para escrever nada, nem postar algumas fotos.
Como no No estaleiro sempre foi um blog sem nenhuma pretensão, ele me dá uma liberdade maravilhosa. Sem compromisso algum com nada, a não ser com essa liberdade e com os meus 6 leitores! Liberdade é tudo, e amigos também.
Quanta coisa se passou desde a última foto postada. Tantos sofrimentos, tantas decisões, tantos quilos, quantas gargalhadas. Perdi amigos que morreram, perdi amigos que não trabalham mais comigo (dói tanto quanto), emagreci, fotografei bastante, tomei decisões importantes, revi valores, troquei de carro, fui ao dentista, fiz check-up, engoli alguns sapos, me diverti, não escrevi, li muito, li muito no iPad, vi Dancin'days em DVD (estou vendo!), senti saudades, fui feliz, me aborreci, enfim, o tempo passa, sempre, com alegrias, com chatices, magra, comendo, o tempo passa.
O tempo passou e eu não vim ao blog. Mas hoje eu vim.
Feliz ano novo. Que seja um ano cheio de dias bons. Sempre bons. Que valham a pena. Seja pela tranquilidade, seja pela animação, seja pelas boas notícias, seja pela nossa postura diante das coisas ruins, seja pelo entusiasmo pela vida, seja pelo bom humor, seja pelo prazer, seja por um prato gostoso, seja pelos planos, seja por uma chuvinha gostosa caindo, seja por um dia de descanso, seja por uma reação boa.
Dias bons, de coisas boas. Sejam elas inesperadas ou anunciadas, mas que sejam bem-recebidas. Que saibamos recebê-las bem, de frente, com coragem, com disposição, com alegria, com curiosidade. Cada dia, cada situação, cada sentimento precisa de uma entrega diferente para que seja bom, para que se encaixe. Que coisa boa isso. Dias bons virão!
Feliz 2012. Mil beijos.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
inferno astral

sexta-feira, 22 de julho de 2011
i love my iPad
quarta-feira, 4 de maio de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
presente de grego

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
ronaldo

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
dedicação exclusiva

foto: reprodução
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
st telmo

Ai, que saudade que deu! Os sonhos são as coisas que mais mudam com o tempo. Ainda bem. Já pensou ter os mesmos sonhos de adolescente para sempre? Não dá. Mas sonhar com a cabeça de quem tem a vida inteirinha pela frente também é tudo!
Ai, ai, meus tempos...
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
andy & edie

"Andy ficou fascinado. Bela, misteriosa e aristocrática, Edie exalava paixão. Mas Andy viu também instabilidade magnetizadora, frenética e enfeitiçada - algo só dela. 'Ela exalava essa luz e essa energia particulares', concordou Robert Heide. 'Era como se fosse iluminada por dentro. Sua pele era translúcida: Marilyn Monroe era assim'".
Quando comecei a me interessar pelos trabalhos de Andy Warhol e toda a cultura pop que adoro até hoje, Edie Sedwick já havia morrido (morreu em 1971), mas eu sempre a achei incrível. Alguns chamam de carisma, outros de alma iluminada, mas a verdade é que algumas pessoas são mesmo especiais.
Atriz, modelo, it girl, socialite, muitos são os nomes dados ao que era era ou fazia. Mas Edie Sedwick era Edie Sedwick, e isso já era um acontecimento.
Adoro o Factory girl, o fime com a Sienna Miller, e até comentei aqui, mas não bate muito com outras versões de como ela viveu e principalmente morreu.
sábado, 1 de janeiro de 2011
o melhor
Até o Natal é corre-corre e não fui a um único cineminha. Quando a semana passou, fui a um filme atrás do outro. Quando ia postar aqui no blog sobre os filmes, recebo a notícia que minha amiga Andréa Freitas (http://deavidalouca.blogspot.com) havia morrido na madrugada anterior.
Apesar de ser uma morte anunciada, e saber que o seu sofrimento havia chegado ao fim, meu mundo caiu, e chorei, chorei, chorei. Ninguém deveria morrer aos 44 anos, ainda mais alguém tão cheia de vida e alegria. E apesar de toda a luta e resistência, a mais corajosa de todas as guerreiras se foi.
E nada, mas nada mesmo, faz a gente pensar na vida do que a morte. A morte traz uma força vital tão grande que não há nada que impeça alguém de começar a refletir e rever sua trajetória com a partida do outro. Saber finito coloca as coisas em seus devidos lugares.
O mundo frenético de hoje dá um sentido equivocado à vida. Sofre-se por coisas sem relevância, deseja-se o que não se precisa, ama-se sem ser por amor. Estamos tão longe de nós mesmos e fica difícil sermos felizes.
A vida é tão curta e o mundo tão grande e não dá para terceirizar nossa vida, e muito menos ter diretores decidindo por nós qual será o nosso melhor papel. Por que no fim quem paga a conta da culpa e do prazer somos nós e mais ninguém. Quem decide sobre a nossa vida somos nós!
Só tenho uma decisão de ano-novo: quero chegar no final de 2011 com muito orgulho de mim. Da minha postura, das minhas atitudes, da minha dedicação, da minha determinação, da minha coragem de mudar o que não está bom, da minha capacidade de chutar a preguiça para lá, da minha possibilidade de ser paciente (coisa que não sou por natureza!), da minha fidelidade a mim, do meu amor por todas as pessoas. Porque mais do que ser bonito, magro, rico, bem-sucedido, popular, é ter orgulho de ser quem é e batalhar por isso. Não se vence sempre, nem se pode ser amado por todos, mas ter orgulho das suas escolhas e atitutes, sim.
Posso chegar em dezembro de 2011 sem estar malhando horrores na academia, visitando todos os lugares que desejei ou lido os livros que me propus, mas se eu souber levar todos os dias do ano do jeito eu acredito, gosto e mereço, vou estar muito feliz. E provalmente vou estar fazendo tudo isso, se realmente quiser. Porque querer alguma coisa só depende de nós e do que fazemos por isso. São poucas as coisas que desejamos que dependem dos outros. Até o amor correspondido pode ser conquistado se a pessoa se dedicar. Não é uma questão de ter e sim de ser. Algumas vezes pequenas coisas fazem uma diferença enorme.
Muitos são os caminhos desta vida e por que não escolher um que a gente acha bacana e divertido? Usar de gentileza ou grosseria dá o mesmo trabalho. Fazer o trabalho de qualquer jeito vai custar fazê-lo de novo lá na frente. Comer muito errado vai fazer o colesterol subir e depois parar de comer tudo gostoso de uma vez só. E por aí vai...
Então, no primeiro dia do ano, desejo para você o que desejo para mim: chegar no final de 2011 se sentindo bem, muito bem, com as escolhas que fez durante o ano, sejam pessoais, profissionais, físicas e outras mais. Um ano inteirinho para agir. Isso pode ser muito divertido e também libertador. Só tomando atitudes, chatas às vezes, haverá bons resultados, porque ficar aceitando as impossibilidades poderá ser pior ainda.
O que desejo não é pouco, mas desejo muito mesmo, porque quem manda na gente somos nós! E merecemos o melhor e é isso que vamos buscar e vamos ter. Que venha a vida. Que venha 2011. Que venha o melhor de nós!
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
mistérios

Outro dia, disse para ela que eu sempre me lembrava dessa frase, mas ela não lembra sequer de ter ouvido a tal frase, muito menos ter dito. "Que coisa", pensei. É tão claro na minha cabeça e ela nem sabe de nada. Não lembra nem do dia. A vida da gente é um mistério mesmo.
Hoje no meu Orkut havia um recado de uma amiga de colégio chamando para ser sua amiga e com um recado perguntando se eu era eu mesma e "se for, gostaria que você soubesse que uma frase sua norteia a minha vida até hoje: 'Compreender o mistério não é acabar com ele. É aceitá-lo e viver com ele.' Lembra?". Não, amiga, eu não lembro. Assim como a minha amiga também não se lembra da frase que não esqueço. Mas fiquei muito emocionada por ela lembrar e isso fazer parte, de uma maneira superpositiva, da sua vida. Achei tão lindo. Estudamos juntas na adolescência. E posso imaginar eu, aos 14 anos, muito me achando, filosofando sobre os mistérios da vida... haha
Cada um vê, percebe, sente, absorve, sofre, de maneiras muito diferentes. E que a lembrança é sim seletiva no grau de importância. Mas é mais que isso. A lembrança é mais forte quando houve emoção, sentimento, seja ele qual for: amor, inveja, medo, satisfação, não importa. O que fica gravado na nossa memória são as situações, palavras, pessoas que nos marcaram despertando sensações, para o bem ou para o mal. O que foi tranquilo, o que foi básico, o que foi morno, se desfaz mais facilmente com o tempo. Não marca. Mas se bateu na hora, marca como uma tatuagem.
Não lembro de algumas pessoas que lembram de mim com imensa alegria, lembro com saudades de outras que talvez nem se lembrem de mim. Dito assim, parece tão injusto, até triste, mas não é. Não dá para ficarmos marcados nas pessoas de maneira igual pelo simples fato de sermos diferentes, de sentirmos diferente, amarmos diferente.
Enfim, estamos todos juntos, vivendo coisas diferentes e pensando que todo mundo está achando e sentindo a mesma coisa...
Lenise, você me deu uma alegria imensa. Alegrou o meu dia. Saber que estaremos sempre conectados com as pessoas que convivemos um dia é muito bom. Isso tem muito valor para mim. Saber que uma coisa sem nenhuma importância que eu disse quando menina, mas que nem lembro, e você guarda com você faz os mistérios serem realmente indecifráveis.
Talvez aos 14 anos eu devia falar qualquer coisa sem pensar nas consequências, mas mais crescidinha e até hoje eu tomo muito cuidado com a escolha das palavras, em falar com as pessoas com carinho, não julgar. Isso faz parte de mim e é o que eu acredito. E isso é mais do que ser educada, é o que me faz realmente feliz.
Claro que respondi ao recado na maior felicidade. E Lenise me respondeu de volta:"O que eu falei da frase é correto, viu? Eu realmente nunca esqueci, pois sempre adorei mistérios e acho que são melhor assimilados quando não destrinchados pela nossa limitada capacidade racional. Tive uma grande admiração por você no ginásio e acho que foi muito bem embasada."
Viva o mistério! Viva Lenise!
sábado, 10 de julho de 2010
ezequiel neves

Michel Bercovitch me convidou para ir com ele e fomos direto para a festa na Praça Santos Dumont. A noite estava linda e a festa, animada.
Na parte debaixo da cobertura tinha cozinha, dependências, sala, com uma janela grande, quarto e banheiro. Uma escada caracol levava para o segundo andar, que tinha uma parte de música e livros, não me lembro bem, e uma varanda. A casa tinha muitos quadros com fotos do Barão Vermelho, mas o que mais me chamou a atenção foi a primeira página de um jornal: Barão Vermelho preso com drogas. Nada mais rock'n'roll colocar essa manchete na parede do seu quarto.
Havia, também, só que na parede da sala, emoldurada, uma foto bem grande de Cazuza, lindo, com a calça meio aberta com a mão dentro. Acho que nesta época ele já estava com a carreira solo e tinha lançado o primeiro disco, Exagerado.
O anfitrião estava feliz. A festa estava bem cheia e eu e Michel encontramos muitos outros amigos e um deles foi o músico Nilo Romero, parceiro de Cazuza em várias músicas e baixista da banda que o acompanhava solo. Com vontade de beber uma água (rolava muita bebida e muita comida, mas a água não passava), e com a intimidade que o Nilo tinha com a casa, fomos para a cozinha.
A decoração da casa era bem masculina, mas na cozinha dava para ver a mão feminina em muitos detalhes. Seria Lucinha Araújo ou uma decoradora?
Junto com a água pegamos uma uvas vermelhas e ficamos comendo e batendo papo. De repente entra alguém correndo, esbaforido, e fecha a porta da cozinha rápido. Era Ezequiel Neves. Disse todo nervoso que havia brigado com o Cazuza, uma briga baixaria, e não podia voltar para a festa porque ia dar merda.
Eu e Nilo olhamos um para a cara do outro sem entender nada mas podendo imaginar o barraco. Ezequiel resolveu abrir uma frestinha da porta para ver o que acontecia lá dentro da sala. Fechou de novo. E assim foi mais umas duas vezes, até tomar coragem para voltar para a festa. Saiu. Saímos atrás.
Esse foi o tempo de vermos Cazuza e Ezequiel se abraçando e se beijando como se nada tivesse acontecido.
Essa semana quando eu soube da morte de Ezequiel Neves no mesmo dia do Cazuza fiquei chocada e me lembrei muito daquele dia e da relação de amor que eu presenciei. Aquela não foi a primeira nem a última vez que vi os dois juntos, mas daquela vez vi muito nítida a conexão, a relação de amor e ódio que só a intimidade dá, de profundidade, de amizade, de paixão. Ezequiel, assim como Cazuza, era um homem talentoso, exagerado, de extremos. O chamavam de Zeca. Zeca Jagger. O céu deve estar em festa com o encontro desses dois caras incríveis.
A festa de casamento continuou rolando solta noite adentro. Eram os anos 80, quando tudo era divertido e possível, ainda mais na casa de um padrinho rock star.
Lulu Santos e Scarlet Moom formavam o casal mais bonito e romântico da festa, depois dos noivos, claro. Os sapatos da noiva sumiram, chegava gente que ninguém sabia quem era, vomitaram na cama do padrinho. Meros detalhes.
A festa foi ótima e ainda dividi a cozinha e as emoções com Ezequiel Neves. Sorte a minha.