terça-feira, 30 de setembro de 2008

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Machado de Assis - cem anos sem




BONS AMIGOS - Machado de Assis


Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!






a gripe a as voltas que a vida dá


Uma semana cheia. Compromissos. Prazos e pesquisa para o trabalho, encontro com os amigos prometido há séculos, uma lista de coisas que não podem mais ser adiadas. Tudo arrumadinho na agenda com letra caprichada como convém a uma virginiana.
Segunda-feira de manhã. A cabeça pesada, o pulmão tomado, a garganta inchada, os olhos lacrimejantes. Tosse, febre. O corpo se arrasta.

- Não!!!!

Sim. É ela, a gripe. Que veio poderosa.
E tudo que era compromisso importante passa a ser cama. O que era jantar com os amigos passa a ser canja. O vinho passa a ser mel com guaco e própolis. O cinema vira Vale a pena ver de novo na TV. Ao telefone, em vez de marcar, desmarcar. A animação dá lugar à irritação. O batom dá lugar ao lenço de papel. E o modelito é o figurino universal da gripe: o moletom!
A gripe ataca tudo, tudo dói, tudo fica comprometido, inclusive o humor!
Espirrar dói a alma, assoar o nariz dói toda a cabeça e tossir dói os dois!
O chato da gripe é o mal-estar generalizado. É a dor forte em cadeia. E que dor!
Falaram que o nome dessa gripe é Sarah Palin, chega logo arrasando!
Sinceramente, espero que não. Nem a vice, nem a gripe...

domingo, 28 de setembro de 2008

forte de Copacabana






fotos: Josette Babo

sábado, 27 de setembro de 2008

dia triste

foto:
reprodução

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

foto do dia/ amarela

foto: Josette Babo

pela rua

foto: Josette Babo

deus e o diabo na terra das delícias

foto: Josette Babo


Somos muitas mulheres trabalhando na Editora. E mulher sempre está com aqueles dois quilos a mais. Ou mais de dois. Para falar a verdade, a gente sempre está com mais de dois! Isso é certo. Não para os outros. Mas para nós, tenha certeza que sim!
Essa semana rolou uma festinha de Cosme e Damião para comemorar a minha volta ao trabalho. Adorei. Muitos doces deliciosos: pé-de moleque, suspiro, maria-mole, pingo de leite, bolo de milho, pacoça e muitos mais. Provei TODOS. Como cada um levou uma coisa, nada mais justo (e educado) que eu provasse um pouco de tudo para agradar a todos! Principalmente a minha gula, claro!
Mas não teve jeito, com aquela mesa gostosa e calórica, o papo chegou rapidinho em peso, quilos, dietas, problemas de cintura, celulite. Como escapar?
De um lado o diabinho insistente, tentando a boa forma:

- Come, tá uma delícia. Olha aquele ali. Hum... prova. Come mais um. Só mais um pouquinho. Só hoje...

E de de outro, o anjinho, fazendo cair na real:

- Não! Cuidado. Pára! Olha a celulite. Nao, mais um docinho não. Pára. Olha os pneus!

E o diabinho torturador:

- Só mais um, tão gostoso e tão pequenininho...

E o anjinho sábio:

- Pára! Não! Esse suspiro vai agarrar no seu culote e nunca mais vai sair!

E essa é a verdade. O prazer e a culpa fazem parte da vida gastronômica de uma mulher. Enquanto devoram paçocas falam que têm que emagrecer, enquanto se deliciam com um pé-de-moleque juram que na segunda-feira começam a dieta. E os ponteiros da balança sobem, sem pena, e esperam por um milagre!
Não existe milagre e a gente sabe. Sabe direitinho. Mas na hora da verdade dá folga para o anjinho, se deixa enganar mais uma vez pelo diabinho e manda ver. Só mais uma vez. Uma única vez. Só um suspiro, um pingo de leite, um bolinho... Hum... que delícia...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

a vida não pára...




Paciência - Lenine

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

A vida não pára!
A vida é tão rara!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

bem-vinda de volta ao trabalho


Oração à Nossa Senhora do Trabalho

Salve Virgem Maria, nossa querida mãe padroeira!
Como filhos, nos dirigimos a vós com toda a confiança, implorando a vossa Bênção, de modo especial pelos nossos trabalhadores, por todos aqueles que labutam no dia-a-dia para conseguir o sustento da própria família.
Concedei-nos, nós vos pedimos, que este labor seja dignificante, de modo a favorecer vossos filhos.
Que haja muita consciência da nobreza do trabalho e que nenhum de nossos irmãos seja explorado pela ganância de riquezas.
Abençoai, ó Virgem do Trabalho, nossa comunidade, nossas famílias e a cada um de nós.
Intercedei junto ao vosso Filho Jesus, concedendo-nos a graça que vos pedimos.
Assim seja!
Amém.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

primavera

foto: reprodução

"Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira"
Cecilia Meireles

domingo, 21 de setembro de 2008

c'est la vie

foto: reprodução


Minha amiga Dani morou em Paris por muito tempo e ama a França. Quando ela fez aniversário, no mês passado, a Carla Bruni havia acabado de lançar o seu terceiro álbum e, embora não conheça muito o trabalho dela, pensei que seria uma boa idéia dar este CD de presente para uma - quase - francesa. Não foi. Rodei a cidade inteira atrás do Comme si de rien n'etait e nada. Entrava e saía de lojas de CDs e livrarias e não encontrava. Desisti, enfim. Nem pensei mais nisso, até esta semana, quando o meu marido chegou em casa com o CD, de presente, para MIM.



- Você queria tanto! E achei por acaso, quando fui à livraria comprar um livro!



Que ótimo! Afinal, ele tinha mesmo razão. Eu queria mesmo muiiito, embora não fosse para mim! E, como já havia dado outro presente para a Dani, fui, agradecida, ouvir o meu CD da Carla Bruni. E não paro de ouvir até hoje! Estou apaixonada! Não entendo uma palavra de francês, mas a melodia é uma delícia, relaxante, com aquela vozinha pequena. Parece que ela está bem ali na minha sala cantando, descalça, com seu violão e seu banquinho...





http://www.carlabruni.com/

(no site, que é lindo, dá para ouvir pedaços de todos os CDs)

sábado, 20 de setembro de 2008

o dia ~~ fotos





fotos: Josette Babo e Marcelo Glenadel

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

foto do dia/ jaboticaba

foto: Andréa Freitas

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

o Ministério da Saúde adverte: não confunda licença médica com férias



Minha licença médica está para acabar e fui visitar o lugar onde eu trabalho, rever as pessoas, combinar a minha volta. De uma delas, queridíssima, ouvi: "bem-vinda ao mundo real". Na hora pensei: mais real que ter um aneurisma... impossível. É real demais para ser verdade, aliás!
Agora é uma nova etapa, um estaleiro diferente, um estaleiro em movimento, um estaleiro com companhia, um estaleiro trabalhando.
Minha licença médica foi muito intensa. Toda voltada para eu ficar bem. E sei que estou voltando na hora certa. Bom mesmo seria tirar umas férias da licença, mas isso ficará para mais tarde. Na hora certa de tirar férias.
Em um caso grave, existe um tempo grande de assimilação, de ir retomando a segurança e isso leva tempo. Como leva tempo para o tratamento ser bem feito. Tudo ser experimentado, testado, avaliado, reavaliado. E ser bem-sucedido. Isso só com o tempo, a disciplina, a determinação, a paciência, a coragem, apoio, informação, paz. A recuperação é lenta e em etapas. Dar ao tempo o tempo inteiro que ele tem e que a recuperação precisa. Acelerar um processo pode custar muito caro lá na frente.
Mas licença e férias não podem ser confundidas. Licença é o tempo necessário que uma pessoa precisa para se recuperar de uma doença. Licença médica é coisa séria. (E se for encarada assim, mais cedo tirará férias.) Não que as férias não sejam. São sérias e necessárias. Principalmente para descansar, se divertir, viajar, não fazer nada, fazer o que vier a cabeça sem pressa e sem cobrança. Licença médica não é nada disso. É uma maratona de obrigações e deve ser aproveitada ao máximo. O tempo é contado e a pressão é grande. O relógio gira acelerado. Existe uma tensão, uma dúvida no ar, um mistério: dará certo no final?
Para saber, só testando. E encarando de frente esse mundo (verdadeiramente) real.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

sábado, 13 de setembro de 2008

hollywood

os desejos

foto: Cartier-Bresson

E assim é a vida.
Um dia não conhecemos, no outro não podemos mais viver sem.
Assim são os desejos.


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

11/9

Sem legendas, sem chamadas, sem palavras.
Uma capa bacana para um dia triste.


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

kat von d., vera castro e o talento

foto: reprodução


Quando vejo o depoimento de alguém começado com "Fulano, o que dizer sobre Fulano?" eu acho muito estranho. Mas quando eu penso em falar qualquer coisa sobre Kat von D. é só isso que me vem à cabeça. Kat von D., o que dizer sobre Kat von D.?
Talvez isso aconteça porque ela é muitas ao mesmo tempo. É poderosa e é carente, é doida e é santa, é forte e é meiga, diz as coisas na lata e é gentil sempre. E é doce, com voz rouca e suave. E com aquele talento para tatuagem de arrepiar.
Sempre adorei a figura dela, mas não via o Miami Ink, só alguns pedaços irrelevantes, mas quando estreou o Los Angeles Ink, comandado por ela, eu comecei a ver e não parei mais. Na equipe, cada um tem alguma especialidade e todos mandam muito bem.
E ainda tem aquele clima punk-roqueiro misturado com toda a delicadeza do mundo. É claro que, como qualquer reality, tem aquelas coisinhas que não precisavam ter, mas no Los Angeles Ink não faz a menor diferença, porque o que tem de bom já vale o ingresso.





sims: Vera Castro


Quando vi a Kat von D. de SIMS no trabalho da minha amiga Vera, amei. Fiquei chocada com a perfeição. Talento igual ao de Kat von D. E talento é para aplaudir, reconhecer, elogiar, tirar o chapéu, babar...


search creator - Vera Marina

terça-feira, 9 de setembro de 2008

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

a ponte


Um tempo atrás vi o documentário A ponte, de Eric Steel, sobre os suicídios na ponte Golden Gate, em São Francisco. A equipe filmou, durante um ano, de vários ângulos, a agonia de várias pessoas. Quando algum movimento parecia estranho, eles avisavam ao controle da ponte e conseguiram evitar (poucos) suícidios.
O número de mortes (não me lembro agora) é muito grande, imenso. Só essa informação já seria assustadora, mas ver é desesperador. Quando fui dormir, não consegui. O coração batia forte, a pressão na cabeça era enorme e as questões existenciais maiores ainda.
Quando vi, neste final de semana, o documentário de Annie Leibovitz, passou o trailer de A ponte. Na hora tive a mesma sensação horrível que havia sentido naquele dia. E mais uma vez fiquei mexida.
Sentindo uma sensação tão punk, na hora eu me perguntava porque não desligava o DVD enquanto era tempo. Mas não, vi até o fim. E até hoje me pergunto, sem ter uma resposta que me convença.
Talvez eu tenha me apegado àquelas pessoas, talvez eu tenha esperado para ver se seriam salvas (de uma maneira ou de outra) ou apenas não resisti ao fascínio da morte.
Por que uma coisa tão presente, por que uma certeza tão forte, causa tanto medo?
Por que a única certeza que nós temos na vida é também o maior mistério. Talvez exista na vontade de desvendar o mistério da morte uma esperança de dribá-la para sempre.



o blog de cada dia


Há blogs de todos os tipos. Blog Meu querido diário, blog Álbum de bebê, blog Mostruário de bijuteria, blog Desabafo, blog Dicas de viagem, blog Piada, blog Arte, blog de fofocas, de economia, de serviços, de novidades, de programação das cidades, de poesia, de tudo que se pode imaginar. E por isso mesmo pode ser uma coisa boa ou não, pode ser uma besteira ou não. Tudo vai depender do interesse de quem lê ou mesmo da proximidade de quem escreve. Algumas pessoas têm hábito de ler blog e por isso vão dar de cara com coisas interessantes, e outras nem tanto. Muitas amigas minhas bem próximas, que não são ligadas em internet, nem sabem que o meu blog existe, mas alguns estranhos lêem. E deve ser assim com todos que têm blog. Se está na internet, não há controle. Nem de qualidade, nem de visitas.
Os blogs são cercados de preconceito, como a TV. Mas não se pode achar que o ato de escrever transforme qualquer coisa em literatura. Literatura é outra coisa. Muitas pessoas se acham escritores porque têm um blog e talvez por isso mesmo essa cobrança. Muitos são mesmo e ótimos!
Mas a verdade é que quanto mais espaço para a expressão melhor, seja para mostrar os primeiros passos de um bebê ou debater a obra de Nietzsche. Mas também é importante saber que a internet é um mundo sem lei e que nem tudo é bom. Nem verdade...