terça-feira, 3 de novembro de 2009

sobre blogs, Twitter..


Hoje no Segundo Caderno do O Globo, na página 6, Patrícia Kogut fala maravilhas de blogs e do Twitter. Na página 8, Arnaldo Jabor fala o quanto acha blog e Twitter estranhos. Ele não tem blog, não está no Twitter (apesar de ter milhares de seguidores de seu perfil fake) e mais uma vez tenta mostrar que todos textos que circulam na internet assinados por eles não são dele.

Jabor deve sofrer muito com isso. Não tem nada pior no mundo que colocarem palavras que não falamos em nossa boca. Até as boas. Ser amado ou odiado por algo que não fizemos é mais fake do que fazer um perfil fake, não dá.

Muita gente acaba fazendo seus blogs e Twitter para reaver o direito de ser dono de suas ideias, suas palavras, enfim.

As pessoas que leem os textos do Jabor na internet talvez só acreditem que não é ele quando for desmentido por ele na própria internet. Enquanto isso, enquanto o Jabor real tenta desmentir pela TV, pelo jornal e pessoalmente, o Jabor fake vai ficando mais e forte na internet. Quase invencível.

Todas as ferramentas são bacanas. Sou a favor de todas. E como vão ser usadas é que vai fazer a diferença. Só isso.

Até hoje muita gente fala mal da televisão. Dizem que emburrece e tal. A TV é um veículo maravilhoso, que chega a milhares e milhares de pessoas ao mesmo tempo. E quantos programas bacanas existem hoje? Muitos.

O blog nasceu como "meu querido diário, hoje fui ao cinema". O Twitter, então, piorou. Surgiu para dizer o que as pessoas estavam fazendo naquele segundo, "acordei, escovei os dentes", tudo em 140 caracteres. Quem não conhece e só tem essa informação acaba achando mesmo ridículo.

Mas, assim como a TV, eles também evoluiram, e hoje são usados para muitas coisas interessantes além de mostrar intimidade.

Entrei no Twitter só para postar comentários pequenos aqui no blog e hoje sigo o Gabeira no Twitter e fico sabendo de coisas que ele faz ou vê como político, e não sei de nada pessoal ou íntimo. Também sigo a Casa do Saber e estou sempre atualizada com os cursos que vão rolar. É prático e interessante. Também sigo o Ricardo Freire, e adoro as suas dicas de viagem e seus textos divertidos.

Cada um usar essas ferramentas, ou não, essa sim é grande evolução de tudo isso. Uns gostam, outros, não. Alguns se identificam, outros querem distância. E é assim que tem que ser. Ditadura da internet não dá...

Um comentário:

Cynthia disse...

Ótimo artigo Dedé! Penso exatamente como você. Não sou twiteira e apesar de ter um blog, me falta disciplina para escrever lá sempre, mas quando me lembro escrevo e fica lá para a posteridade. O mais incrível é que mesmo quase sem atualização recebo muitas visitas. Mas gosto muito de ler os blogs dos amigos e outros de assuntos do meu interesse. Assim fico sabendo o que a Dedé fez, onde foi e o que comeu! Hahahaha! É uma forma de manter contato mesmo que de longe.

Beijos!