quarta-feira, 14 de abril de 2010

lars von trier

foto: reprodução/ lars von trier



Não ir com a cara de um filme é igual a não ir com a cara de alguém. Tipo não vi e não gostei. Não é bom, mas acontece.

Alguns filmes eu simplesmente não fiquei a fim de ver. Elenco bom, diretor bom, e nenhuma vontade, da minha parte, de assiti-lo. Nunca entendi isso muito bem. Mas...

Quando Dançando no Escuro, de Lars von Trier, estreiou foi diferente. Eu queria muito ver, mas não tinha coragem. Eu amava Björk e vê-la no cinema seria o máximo. Mas aquela história da mãe que ia perdendo a visão, que a filha tinha a mesma doença, me deu um medo e a maior vontade de não ver. E olha que já vi no cinema coisas muito mais tristes, apavorantes, deprimentes e assustadoras do que isso. Mas não fui ao cinema, não peguei em DVD, nem vi na TV. Não fiquei a fim mesmo.

Dogville, do mesmo diretor, é um filme que eu amo, e já vi mais de uma vez. Aliás, é um dos melhores filmes que já vi. Isso podia ser um motivo para ver Dançando no Escuro. Mas não quero, não tenho vontade (dizem que depois de uma certa idade a coisa mais maravilhosa que você pode fazer por você é assumir que não vai fazer uma determinada coisa porque não tem vontade, sem nenhuma outra desculpa!)

Com Anticristo aconteceu a mesma coisa. Sou fã total de Charlotte Gainsbourg, vejo tudo que ela faz e ouço tudo que ela canta, acho ela incrível, mas tenho zero vontade de ver o filme. Só de ver as fotos de divulgação já me dá repulsa.

A conclusão que eu tiro é que Lars von Trier é um diretor que me incomoda de alguma maneira, mesmo quando não vejo os seus filmes. E estou achando tudo isso muito interessante.

E pensar assim está me dando a maior curiosidade de ver Dançando no Escuro e Anticristo. Quem sabe eu não acabe descobrindo que Lars von Trier é o diretor da minha vida?

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