sexta-feira, 8 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
papo de noveleiro - a favorita, parte 2

terça-feira, 5 de agosto de 2008
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
justiça cega
Hoje andei a pé por toda a Voluntários da Pátria. Vi muitos mendigos dormindo em papelões amassados, com suas vidas inteiras enfiadas em sacolas de supermercado rasgadas, debaixo de marquises de lojas fechadas. Não estavam em grupos. Estavam sós. Cada um em alguma altura da rua.
Já passava do meio dia.
Dizem que a gente se acostuma a esse tipo de cena. Só se acostuma quem se distancia. Só se distancia quem não quer se envolver. Por medo, descaso, indiferença ou mesmo por compaixão.
Ou para não sofrer!
Se não me envolvo, não sofro. Como um escudo de proteção para a realidade cruel. E o mendigo ali, imundo e fedendo, se torna invisível. Mas eu não me acostumo. E sofro.
Fico imaginando o dia-a-dia miserável dessas pessoas. Sem cama, sem banheiro, sem banho, sem remédio para dor, sem água, sem fotos, sem lembranças que valham a pena, sem afeto, sem voz, sem opinião, sem razão, sem respeito algum. Sem passado, presente, futuro. Sem nenhum sonho.
Sem paz.
sábado, 2 de agosto de 2008
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
nunca subestime uma mulherzinha

Quando gosto muito de alguma coisa, gosto de ir apreciando devargarzinho. Em tempo e em intensidade. Se puder demorar, ótimo. Se puder ir fundo, melhor ainda. Se puder escolher, perfeito!
Sempre que começo a ler um livro que adoro quero ler tudo logo. Quando a leitura é boa não consigo parar. Mas também não quero que acabe. Quero prolongar aquela felicidade por quanto tempo eu puder. Quando li o último livro do Rubem Fonseca, O romance morreu, foi assim. Andava com o livro para lá e para cá, sem querer ler todo o meu objeto de desejo, pois sabia que ele seria trocado por outro. E outro, e outro, e outro. (Já li vários livros muitas vezes, mas uma hora a gente tem que desapegar!)
Agora estou apaixonada outra vez. Uma paixão leve, e não por isso menos gostosa.
