sexta-feira, 8 de agosto de 2008

foto do dia/ agora

foto: Josette Babo

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

papo de noveleiro - a favorita, parte 2


As cenas dos próximos capítulos mostram que a Flora, a-mala-má, não suporta a sua filha Lara e que aquele amor todo era uma questão só de marketing. O autor, João Emanuel Carneiro, depois que revelou que a Flora é a assassina vai torná-la o maior monstro sem coração da dramaturgia brasileira. Agora que liberou, a crueldade vai correr solta. Primeiro para conquistar quem achava que aquela pessoa fria era boazinha e segundo para dar mais razão ainda para quem achava que ela era mesmo uma peste (como eu!)
Essa novela é mesmo interessante, diferente de tudo de que vem sendo feito e ao mesmo tempo muito parecida com aqueles dramas dos tempos de Janete Clair. Uma vez entendendo a cabeça do autor e entrando em seu jogo tudo fica muito emocionante, fazendo com que o espectador passe por vários papéis: co-autor, detetive, espião, torcedor, cúmplice, voyeur, testemunha.
Agora é só esperar as emoções dos próximos capítulos que a atração vai esquentar...



terça-feira, 5 de agosto de 2008

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

justiça cega

foto: reprodução

Hoje andei a pé por toda a Voluntários da Pátria. Vi muitos mendigos dormindo em papelões amassados, com suas vidas inteiras enfiadas em sacolas de supermercado rasgadas, debaixo de marquises de lojas fechadas. Não estavam em grupos. Estavam sós. Cada um em alguma altura da rua.
Já passava do meio dia.
Dizem que a gente se acostuma a esse tipo de cena. Só se acostuma quem se distancia. Só se distancia quem não quer se envolver. Por medo, descaso, indiferença ou mesmo por compaixão.
Ou para não sofrer!
Se não me envolvo, não sofro. Como um escudo de proteção para a realidade cruel. E o mendigo ali, imundo e fedendo, se torna invisível. Mas eu não me acostumo. E sofro.
Fico imaginando o dia-a-dia miserável dessas pessoas. Sem cama, sem banheiro, sem banho, sem remédio para dor, sem água, sem fotos, sem lembranças que valham a pena, sem afeto, sem voz, sem opinião, sem razão, sem respeito algum. Sem passado, presente, futuro. Sem nenhum sonho.
Sem paz.




sábado, 2 de agosto de 2008

foto do dia: ponte

foto: Josette Babo

presente

foto: mglenadel

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

nunca subestime uma mulherzinha



Quando gosto muito de alguma coisa, gosto de ir apreciando devargarzinho. Em tempo e em intensidade. Se puder demorar, ótimo. Se puder ir fundo, melhor ainda. Se puder escolher, perfeito!
Sempre que começo a ler um livro que adoro quero ler tudo logo. Quando a leitura é boa não consigo parar. Mas também não quero que acabe. Quero prolongar aquela felicidade por quanto tempo eu puder. Quando li o último livro do Rubem Fonseca, O romance morreu, foi assim. Andava com o livro para lá e para cá, sem querer ler todo o meu objeto de desejo, pois sabia que ele seria trocado por outro. E outro, e outro, e outro. (Já li vários livros muitas vezes, mas uma hora a gente tem que desapegar!)
Agora estou apaixonada outra vez. Uma paixão leve, e não por isso menos gostosa.
O livro de Fernanda Takai, Nunca subestime uma mulherzinha, é delicioso. São contos e crônicas publicados em jornais reunidos nesse trabalho cheio de humor, sentimento, delicadeza. As crônicas Nome de gente e Essa bagagem é sua, senhora? são muito engraçadas.
E agora o meu dilema se repete: estou empacada na página 99 (são 136) para não ter que encerrar esse prazer...

foto: divulgação