domingo, 2 de maio de 2010

tudo pode dar certo ou woody allen, eu te amo


Em sua coluna de hoje, Xexéo começa separando as pessoas entre as que aman Woody Allen sobre todas as coisas e as outras. Me enquadro totalmente na primeira turma desde que comecei a falar - ou a entender o que falavam.
Como sua produção é anual, eu espero seus filmes como espero a Páscoa, o aniversário, a primavera, as férias. E é sempre um momento feliz do ano quando seus filmes chegam aos cinemas.
É como um casamento perfeito: eu entendo o que ele diz e ele me entende completamente. E apesar de ter amado a fase europeia de Woody Allen, estava animadíssima para ver as ruas de Nova York de volta às suas histórias, pois nenhum outro diretor filma a cidade de uma maneira tão sensível e bonita. Acho até que ele seja responsável em boa parte pela minha paixão por Nova York.
Amo seus personagens, sempre tão reais, cheios de nuances, um humor muitas vezes até negro, com seus diálogos inteligentes e divertidos, mesmo quando é um filme de suspense, como é o caso de Match Point.
Sinto um pouco de falta de vê-lo em cena, ainda mais quando o personagem é a cara dele, como muitas vezes acontece. E nem posso imaginar que um dia não haverá um filme novo de Woody Allen para eu ver...
Mas vamos ao que interessa: Tudo pode dar certo é maravilhoso. Uma delícia de filme!

fotos: reprodução

Um comentário:

Juli disse...

Oi Dedé!!
Vou confessar uma coisa: eu cresci ouvindo que Woody Allen era um chato e que seus filmes eram monótonos. Cresci não gostando dele. Naturalmente meus pais, não tinham muita sensibilidade e consideravam os filmes com muito diálogos entediantes. Gostavam mesmo era de filmes de ação. Talvez pelo pouco estudo e pelo pouco contato com outras culturas. A gente cresce ouvindo coisas que acaba considerando verdade. Nos apropriamos da verdade de nossos pais e acabamos julgando filmes, músicas, times de futebol como bons ou ruins. Olhamos o mundo com os olhos de nossos pais até certo ponto. Felizmente crescemos e nos libertamos das amarras da nossa infância e descobrimos nossos próprios gostos, nossas próprias paixões. Eu não gostava dos filmes de Woody Allen, mas posso dizer que hoje adoro. Ele trata exatamente do ser humano, com seus defeitos, seus desejos, seus medos, suas neuras. Ele trata paradoxalmente da insignificância do ser humano e de sua beleza e importância no universo. Ele retrata ele mesmo em seus filmes e confessa seus medos e defeitos, retratando um homem crítico, inteligente e de um humor refinado. Esse filme, em especial, me fez rir muito, além de refletir sobre muitas outras coisas. Ele nos leva a pensar e a analisar nossas próprias vidas. É isso que o torna alguém tão importante para o cinema. Acredito que vamos ter muitos outros filmes dele para ver, se emocionar e repensar a vida! Parabéns pelo seu blog.
Um grande abraço,
Juli