a cura e a coragem

Era véspera de Natal e eu estava ansiosa, mas muito animada. Encontrar amigos antigos é sempre muita emoção. É mexer em coisas muito profundas e sagradas, momentos de carinho guardados na memória e lá no fundo do coração.
Mas encontrar com Andréa era mais do que especial. Não nos víamos havia muito tempo, uns 25 anos pelo menos. Eu era muito amiga de sua prima, nos anos 70, quando ela era uma menininha linda, com uma voz marcante e personalidade forte.
Não fomos amigas íntimas, porque a diferença de idade era grande (e quando se é nova isso faz diferença!), mas sempre estivemos por perto, no mesmo espaço, com as mesmas pessoas em volta.
Neste ano, a amizade aconteceu.
Caminhos de dor, de coragem, de fé, de sofrimento, nos uniu virtualmente. E enquanto eu a ajudava a enfrentar momentos difíceis, ela me ajudava a enfrentar os meus. Numa sintonia de cura e de coragem, de força e de amor.
Vê-la tão linda, tão bem e tão poderosa, estar perto, falar de nós, ouvir nossas histórias, foi o máximo. Me diverti e me emocionei.
E essa amizade vou levar para sempre, mesmo que demore mais 25 anos para vê-la de novo...
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