sexta-feira, 29 de maio de 2009

por favor, com licença, obrigada...


- Vamos comer uma salada de atum no Bibi?

E lá fomos eu e minha amiga Ana para o novo Bibi Lanches (http://bibisucos.com.br/), no Rio Sul. Poder comer um sanduichinho do Bibi no horário do almoço do trabalho é tudo de bom.

Já passava um pouco do horário de rush de almoço, e enquanto ela ia para a fila e comprava um suco de pera, um suco de melão, salada de atum e uma porção de batatas fritas, eu ficava de olho em uma mesa dentro do própria lanchonete, que só tem poucas mesas de quatro lugares, e não na praça de alimentação, que é bem em frente, para também curtir o lugar enquanto papeamos. Mesmo trabalhando juntas, às vezes só dá mesmo para conversar na pausa do almoço, então essa hora para nós é sagrada!

Duas moças e um bebê de um ano se preparavam para levantar de uma mesa.

- Vão sair?
- Vamos sim! - respondeu a mãe do bebê.

E depois se desculpou meio sem graça.

- A mesa esta uma bagunça, uma sujeira, me desculpe.
- Imagina - respondi agradecida.

Minha amiga chegou junto com a mocinha do Bibi, que limpou a mesa. Quando fui sentar tinha gordura de batata na cadeira e a mocinha teve que limpar de novo. Enquanto esperávamos a chamada dos nossos números do pedido, sentamos de frente uma para a outra na nossa mesa, colocando as bolsas nas cadeiras vagas ao lado.

- Esse lugar está ocupado? - perguntou uma mulher.
- Não...

Mal tive tempo de responder e ela já jogou tudo dela na cadeira e na mesa. Eram muitas coisas para uma pessoa só. Voltou e sentou do lado da Ana que passou a sua bolsa para eu colocar na cadeira ao meu lado.

- Não!!! Ele vai sentar aí! - falou a mulher olhando para um cara enorme surgido do nada, em pé colado na mesa.

Minha bolsa era dessas superbolsas ótimas, mas péssimas quando ficam no nosso colo servindo de guardanapo. A situação surpreendente não era nada boa. Mas o pior ainda estava por vir. A mulher começou a tirar um monte de papel da bolsa e tirava e tirava e tirava e ia colocando na mesa. Parecia uma reunião de trabalho tosca, com uma mulher falando alto de números e planilhas, espalhando aquela papelada na mesa inteira, sem se importar com as pessoas que estavam na mesa que ela invadiu.

E enquanto eu pensava o que deveria fazer para não transformar o meu almoço em insuportável, nem ser grossa como eles estavam sendo, surgiu uma mesa livre atrás da Ana. Pedi licença, já que estava espremida entre a parede e o cara grande, e passei apertada e peguei a mesa que havia acabado de vagar. Sorte a nossa, porque íamos ter que deter aquela situação absurda de alguma maneira.

A Ana não deixou eu ficar lamentando a cena. Mas agora me diz: como uma pessoa chega assim, sem pedir licença e invadindo uma mesa de duas pessoas que estão conversando? Se queria conversar também, não era melhor esperar uma mesa, como todo mundo faz? Como eu fiz. E se não vagasse, no mínimo pedir licença e ser discreta. Educação não é uma virtude, é uma obrigação.

A comida chegou em segundos e estava deliciosa. Almoçamos, conversamos, nos divertimos como sempre.

Felizes por termos educação...


foto: reprodução

Um comentário:

Anônimo disse...

Espaçosidade cansa, né? O problema é que geralmente gente espaçosa é barraqueira também. Melhor nem dar papo.

Minha avó dizia: "os incomodados que se mudem!".

Gente espaçosa nem percebe que o espaço que eles têm a seu redor vem justo dos incomodados que se mudaram.