sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Frank & Johnny


O gângster e Meu nome não é Johnny são dois filmes baseados em fatos reais que contam a trajetória de dois traficantes poderosos. Frank é vida torta desde sempre, com metas de ser o melhor, até ser. João vai deixando as coisas acontecerem, só deixando rolar, até ser.
Vendo o O gângster não teve como não lembrar de Meu nome não é Johnny. Claro que o americano é todo em proporções muito maiores. São duas superproduções proporcionais à quantidade de droga que os dois traficantes moviam. (Não vou ser estraga-prazeres (é muito chato quando me contam um filme que eu ainda não vi), mas posso dizer que o filme do Ridley Scott tem também mais a visão da polícia, coisa que o Johnny não tem já que é feito em cima do relato de João Estrella.) Mas os caminhos são os mesmos, a rota da droga a mesma. O cara solitário, o poder, a droga pura, muitas festas, policiais corruptos, extorsões, namorada linda, as operações da polícia.
Os dois filmes são ótimos. Cada um com sua "mesma" história. Depois de ver a história de um traficante americano super bem filmada por um diretor conceituado, achei o Meu nome não é Johnny melhor ainda do que eu havia achado antes (e eu tinha adorado!). Não porque não gostei do Gângster, pelo contrário, gostei muito. É que o do Mauro Lima tem a nossa cara, é uma superprodução do nosso tamanho. E isso o torna maravilhoso. E é tão bom ter identidade, é tão bom ser autêntico, é tão bom ser carioca, contar bem uma boa história do nosso bom jeito. É tão bom ter um bom cinema pra chamar de seu!

Um comentário:

Anônimo disse...

O que é comum a ambos é que o sujeito (protagonista?) sempre acha que o futuro é garantido, que sempre vai poder traficar um pouquinho mais, que sempre dá para ganhar um milhãozinho a mais. Até o dia em que a casa cai.