segunda-feira, 5 de maio de 2008

o garoto de Bento Ribeiro


Tenho a maior simpatia pelo Ronaldinho Fenômeno. É um superjogador, carismático, gente boa, e sempre defendo quando alguém (tem sempre um homem pronto para falar mal de quem se dá bem com as mulheres!) começa a falar que ele é horroroso e que as meninas bonitas ficam com ele porque ele é rico e que se estivesse até agora em Bento Ribeiro e fosse pedreiro não ia pegar ninguém. Ia pegar sim, talvez não essas mesmas meninas que ele namora, muito por conta do acesso porque não ia nem chegar perto delas a não ser que elas o contratassem para quebrar o banheiro. Daí quem sabe?
A pessoa é um pacote. Com suas conquistas, suas idéias, sua profissão, sua origem, seu caráter, suas atitutes, seu trato, suas roupas, sua maneira de falar, seus erros, seu carisma. Não dá para separar. Nem dá para imaginar como seria porque nunca saberemos e isso é uma grande perda de tempo enquanto a vida está rolando lá fora. E é esse pacote é quem somos.
Claro que um garoto com título de Melhor Jogador do Mundo, com fama internacional, bem relacionado, com uma conta bancária milionária e com acesso livre às melhores coisas do mundo tem mais cartas na manga para seduzir uma garota de uma maneira mais tentadora, com coisas que custam dinheiro e prestígio, mas isso não quer dizer que conquiste. Pode ser que sim, pode ser que não. Com certeza ele levou muitos nãos, tantos quanto um garoto pobre de Bento Ribeiro.
Nesta história dos travestis morri de pena. Ninguém merece essa briga de comadre em porta de delegacia, ainda mais um cara bacana como ele. Ele quis apenas se divertir do jeito dele (por que não?) e acabou entrando numa roubada (pública, nacional e internacional!) enorme. Essa que é a verdade.
Mas tem uma pergunta que não quer calar:
O Ronaldinho Fenômeno não sabia que a moça era travesti ou nós que não queremos acreditar que ele não sabia que a moça era travesti?

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